Esses dias na aula, estávamos falando sobre o preço do dólar e meu professor disse: “É um passeio aleatório. Você não sabe para onde vai depois.” Fiquei com essa frase na cabeça. Para não espantar ninguém antes do segundo parágrafo, prometo que esse não é um texto com termos técnicos e complicados, muito menos sobre o dólar. Na verdade, é bem simples.
Passeio aleatório é como o meio estatístico, econométrico e financeiro chama o “fenômeno” de eventos imprevisíveis. Um exemplo muito usado pra explicar esse termo é o andar de uma pessoa bêbada (juro!). Você não consegue prever para qual lado alguém que bebeu um drink a mais pode andar – e assim várias outras coisas funcionam.
Acontece que no mesmo dia, li um artigo sobre como temos pelo menos duas experiências ao longo da nossa vida que mudam completamente a nossa cabeça. Não lembro quem o escreveu e se tinha algum embasamento científico, mas é algo a se pensar, não? É engraçado como nunca tinha parado para refletir sobre. Já vi isso acontecer com várias pessoas, inclusive comigo. E ainda me arrisco a falar que foram muito mais que duas vezes.
Há pouco tempo, descobri que gosto de ter as coisas planejadas – e isso me foi uma bela surpresa. Não preciso saber exatamente como cada coisa vai acontecer, mas deu pra entender o meu ponto, não é? A questão é que ás vezes, você acha que tem tudo programado e um simples acontecimento muda toda a história. Isso é normal. Pode ser que você descubra um novo caminho que nunca tinha passado pela sua cabeça ou que tenha que se revirar para contornar uma situação difícil. E quer a mais pura verdade? Isso faz parte.
O mundo constantemente nos faz acreditar que devemos ter tudo pensado e planejado. Mas é isso mesmo? Não estou dizendo que não temos que fazer planos, não mesmo. Nós somos movidos a planos e sonhos. O que quero dizer é que a vida é um fenômeno imprevisível. Como o meu próprio professor disse (apesar da mudança de contexto), “você não sabe para onde vai depois”. Um dia, acreditamos em um coisa, as pessoas são de um jeito. No outro, os ventos mudam e você percebe que os cenários são diferentes. As pessoas mudam. Então, não vale ficar frustrado se as coisas não saírem do jeito que imaginamos. Não vale a pena sofrer dias e dias porque alguma coisa não aconteceu ou porque as circunstâncias mudaram tudo.
Acho que dizer que passamos por pelo menos duas experiências que mudam completamente a nossa cabeça é ser muito conservador. Só agora consigo pensar em umas cinco vezes que coisas inimagináveis (pelo menos na época) aconteceram e tudo na minha vida virou de cabeça para baixo. E sabe de uma coisa? Apesar de gostar de ter as coisas planejadas, tudo bem. Quando essas experiências acontecem, é porque elas têm que acontecer mesmo. Nunca se sabe quais caminhos maravilhosos podem surgir ou aprendizados riquíssimos podemos ter. Nosso mundo foi feito para virar de cabeça para baixo – e várias vezes!
Afinal de contas, a vida é um passeio aleatório.
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Marina, que texto interessante! Coincidentemenre também sou uma pessoa que gosta de tudo planejado, mas, penso que se algumas vezes coisas que eu não esperava não tivessem acontecido, hoje em dia eu não teria aprendido tanto com a vida, esses momentos (bons ou ruins) em que somos pegos desprevenidos, acredito que são os que mais nos ensinam, né?! Adorei o post! Beijos :*
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Ma, que texto BOM! As mudanças que acontecem dentro de nós mesmos é algo que me fascina, porque mudei MUITO de um ano pra cá. Mas não tinha pensado sobre eventos específicos e fiquei de pupila arregalada aqui! Haha Ótimo texto, parabéns! beijos
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